COMO SER UM CANAL DE BENÇÃO MESMO VIVENDO NA TERRA DA MALDIÇÃO, E COMO SER MALDITO MESMO VIVENDO NA TERRA DA BENÇÃO?
Texto: 2 Rs. 5:1-27
INTRODUÇÃO:
Deus chamou a cada um de nós, para sermos um canal de benção, na vida das pessoas com as quais contactamos, mas a verdade é que, para sermos uma benção temos que tomar a decisão de ser, pois a nossa atitude é que fará a diferença. Podemos ser canais de benção ou de maldição, depende de como agimos e reagimos as mais diversas situações. O texto lido apresenta dois personagens secundários na história, a menina escrava a serviço do general da Síria, Naamã, e Geazi, o servo do profeta Elizeu. Embora não sejam personagens principais da história, esses dois sujeitos podem contribuir para que tenhamos ricas e proveitosas lições de vida, a partir da analise de suas condutas ou atitudes.
1 – A história de Naamã e a sua cura (pano de fundo):
Naamã era general do exercito da Síria, era, portanto, um homem muito importante, ou o mais importante dentre os ministros do rei da Síria, haja visto que aqueles tempos, eram tempos de guerras, tanto para garantir a soberania da nação e também para realizar novas conquistas de territórios. Foi este Naamã quem liderou a invasão e tomada do território de Israel, estendendo o dominio sirio sobre o reino dos israelitas, obrigando-os a pagar-lhes pesados impostos. Quando invadiu as terras de Israel, Naamã levou muitos hoens e mulheres cativos para a Síria, dentres os quais, levou uma menina (adolecente) e esta ficou como escrava, servindo de empregada na casa de Naamã.
Muito embora fosse um homem importante, Naamã enfrentava um grande problema em sua vida, era leproso e esta doença o impedia de fazer muitas coisas, de estar em muitos lugares, privando-o inclusive do convivio com a familia (para evitar contaminação) e de banquetear-se com o rei, nas comemorações de suas vitórias.
2 – Geazi tinha um quadro favorável de benção, mas se tornou uma maldição. A menina escrava tinha um quadro de maldição, mas transformou em benção.
- A menina hebréia foi levada cativa para uma terra estranha e hostil, vivendo distante da sua parentela e do seu povo, uma situação de maldição e vergonha.
- Geazi, também hebreu, vivia em sua terra, no meio do seu povo, gozava de certa liberdade e tinha a honra de ser discípulo do respeitado profeta Elizeu.
- Fica uma pergunta intrigante: é o meio que faz o homem, ou é o homem que faz o meio?
3 – A história mostra um general, cheio de condecorações, honrarias, poder e autoridade hierárquica, mas que não tem nenhuma influencia, e mostra no reverso da moeda, uma menina escrava, sem nenhum poder, sem nenhuma honra e sem nenhuma autoridade hierárquica, mas que tinha conhecimento e influencia.
- O que é mesmo mais importante, o poder e os títulos ou uma boa influencia?
- O poder de Naamã não contribuiu em nada para a sua cura
- Os títulos de nobreza e as honrarias de Naamã não puderam livra-lo da dor, da agonia, da vergonha e do isolamento. Para que serve a fama, se ela não pode curar as nossas feridas?
- A menina escrava, vivia na senzala de Naamã, mas tinha um poder de influencia tremendo. Ela conhecia o verdadeiro Deus e sabia o lugar da benção
- A menina escrava não agiu com atitude e vingança nem egoísmo. Embora fosse escravizada por Naamã, ela não escondeu o canal da benção. Ela se colocou na vida daquela família para ser benção. Ela não retribui o mal por mal; ela devolveu o mal com o bem.
- Há em nossa sociedade muitos Naamã, cheios de poder, de títulos de nobreza, e fama, mas não é a eles a quem Deus usa ou quer usar. Deus quer usar você, com sua influencia saradora e abençoadora.
- A menina escrava não se sabe nem qual era o seu nome, mas o nome do Deus dela ficou conhecido (convém que Ele cresça e eu diminua)
- Na sua casa, em seu trabalho, em sua parentela, na sua faculdade você pode ser considerado como aquela menina sem nome. Na terra ninguém lhe conhece, mas o céu lhe conhece, e Deus fará conhecida a sua gloria por meio da sua vida.
4 – Geazi fez o caminho inverso.
· Poderia ser o sucessor de Elizeu, um profeta honrado e com autoridade para testemunhar o poder do seu Deus
· Movido por um espírito de ganância e egoísmo, Geazi desviou-se do caminho da benção e se tornou um leproso.
· A menina escrava usou de bondade e falou a verdade, mas Geazi alem da inveja, ainda mentiu para o seu líder.
· O coração de Geazi não foi integro, o seu coração não estava no reino do Deus Jeová, mas no reino do materialismo. Ele quis cobrar pela cura que foi oferecida a Naamã. Já a menina escrava não cobrou nada pela dica
5 –CONCLUSÃO:
Deus tem levantado muitos de nós como fez com aquela menina, para sermos um canal de benção nesta terra maldita. Tudo dependerá da nossa atitude. A terra da maldição não será impedimento para ser frutíferos e abençoadores. Não é o meio que faz o homem, mas o homem e a mulher transformados por Deus faz diferença e o meio.
OBS: As reflexões do Ap. Samuel Souza, contribuiram e me inspiraram escrever está mensagem.